21 outubro 2013

Tal nasceu em
meio às manifestações pela paz e em apoio ao povo palestino. Seus pais são
defensores da boa convivência entre os dois povos. A história do livro tem
início em setembro de 2003, na cidade de Jerusalém.
Em uma noite como outra qualquer, a garota está se
preparando para dormir, quando de repente sua casa estremece. Era o estrondo de
uma explosão nas redondezas de sua casa, especificamente no café Hillei. No dia
seguinte, Tal descobriu que entre as vítimas desse atentado, havia uma garota
que se casaria em breve, mas que faleceu ali.
Este fato mexeu muito
com Tal, pois ela não se conforma com tamanha violência que tira vida de
pessoas inocentes. Ela não quer ser como os outros israelenses, com ódio no
coração, sempre teve esperanças que esse conflito logo acabasse e que os povos
não se odiassem. Isso acabou dando á Tal uma ideia um tanto quanto arriscada:
escrever uma carta (onde expressa o que pensa sobre o que sobre o conflito
entre os dois povos) para um palestino qualquer, depositá-la dentro de uma
garrafa e pedir ao seu irmão, Eytan, soldado a serviço de Israel na fronteira
com a Faixa de Gaza, para que a lance ao mar.
Tal queria mesmo que
uma garota palestina com os mesmos ideais que os seus encontrasse a garrafa,
podendo assim criar um “vínculo de paz” entre as duas comunidades dialogando
com sua correspondente palestina. Mas o destino tinha outros planos...
A garrafa é
encontrada por um jovem palestino de 20 anos, Naim, que se identificou
primeiramente como Gazaman. O diálogo entre ambos é complicado, pois diferente
de Tal ele já não acredita mais na paz. Naim reage de uma forma negativa ao
responder, zomba de Tal, mas ela não desiste, pois vê que por trás de toda
aquela ignorância, há esperanças dentro do coração daquele garoto.
As mensagens trocadas
através de e-mails entre os dois retratam a realidade de Israel e da Palestina
de uma forma diferente, que nos faz sentir dentro da história, no meio daquela
realidade de medo e aflição.
Uma das cenas mais
emocionantes é a descrição do assassinato de Yitzhak Rabin, em 4 de novembro de
1995. Nunca a paz esteve tão perto, mas os opositores da independência da
Palestina estavam determinados a impedir isso de qualquer forma e assim
fizeram.
A história é
primeiramente, narrada por Tal e depois sob o olhar de Naim. O livro nos leva
para viver a história, é como se o leitor fosse um dos lados dessa história.
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